quinta-feira, 27 de setembro de 2007


Algumas tradições variam de região para região ainda mais num país extenso como o nosso e tão rico culturalmente. A população brasileira, oriunda da miscigenação de vários povos q ao longo de sua colonização aqui chegaram, é uma das mais ricas na sua diversidade cultural. Somos sem dúvida um produto bem peculiar em nossas diferenças.
Se levarmos em conta q outros países tb possuem essa diversidade podemos até questionar o pq dela ter uma cara toda própria e tão diferente em nosso país do q pode ser observado nos outros. Alguns diriam com certeza q isso se deve ao fato do brasileiro ser um povo acolhedor, q não faz discriminações, outros q até devido a nossa realidade geográfica ou climática são N os fatores q contribuem para q isso ocorra. Então como educadora e grande curiosa q sou resolvi fazer esse questionamento à algumas das crianças q estudam na escola em q leciono e com amigos e famíliares mais próximos e pude constatar q realmente a maioria acha q por sermos um país sem grandes catástrofes naturais e com um grande potencial de crescimento , devido as nossas riquezas naturais tão extensas, muitos imigrantes viram aqui uma chance de prosperidade.
Minha própria origem pode ser um exemplo bem claro , neta de portugueses e espanhóis, minhas raízes europeias se encontram mesmo apenas na árvore genealógica de minha família, em fotos guardadas e histórias q ainda lembro q minha bisavó me contava de como vivia em Portugal e da época em q veio com meu bisavô para o Brasil e foi morar em uma fazenda em Mato Grosso , dos índios e animais q habitavam aquela região. Claro q me lembro disso tudo com muito carinho, das tardes sentadas ao pé de sua cadeira com os olhinhos brilhando escutando embevecida suas lembranças. Se passaram tantas décadas e cada detalhe dessas histórias contadas com tanta riqueza de detalhes , cor e emoção ainda se encontram gravadas em minha memória.
E como eu existem milhões, descendentes de índios, africanos, europeus, imigrantes de todas as partes do mundo e misturas de todas essas raças , e com eles com certeza muitas histórias e costumes passados de geração em geração formando essa diversidade cultural tão linda e importante q existe em nosso país.

domingo, 23 de setembro de 2007

CONSTRUINDO RELAÇÕES



Ontem conversando com uma pessoa especial, q estou conhecendo e aprendendo a admirar mais e mais a cada dia, o assunto relações humanas e seus relacionamentos nos mais diferentes níveis, desde a amizade,a paixão e o amor, me fez refletir sobre como essas relações se dão , a complexidade de alguns e a simplicidade de outros fazendo com certeza a diferença em todo o processo.
Desde q nascemos, ou pensando bem antes mesmo disso, começamos a nos relacionar com o meio q nos cerca e as pessoas q estão a nossa volta. No útero materno nosso relacionamento se resume a nossa mãe de quem recebemos todas as informações e é comprovado tb q sofremos com ela toda a carga emocional q ela tiver nesse período, é através dos olhos e dos sentimentos dela q nossos sentidos e sentimentos despertam para a vida. Depois nascemos e passamos a nos relacionar com os q nos cercam, a nossa família. O primeiro relacionamento real e base de todos os outros q serão construidos ao longo de nossa vida é com certeza a família.
A família é o porto seguro, o símbolo maior do amor, aqueles q te cercam de cuidados, de carinho, atenções e servem de exemplo para ajudar a vc a assimilar valores e construir sua confiança, lhe dando o suporte emocional para q vc possa desenvolver suas habilidades. Claro q não existem famílias perfeitas e vc tb aprende cedo q perfeição é algo q não existe, mas aprende tb a valorizar o q cada um tem de melhor , a respeitar as diferenças e a perdoar as falhas, afinal vc tb não é perfeito.
Nessa fase tb surgem as primeiras amizades, amizades puras, q não têm problemas, não se baseiam em preocupações, é a fase do brincar e experimentar a vida. E são essas amizades nossas companheiras nessa nova etapa, com elas aprendemos o prazer de compartilhar uma gargalhada sem vergonha dos outros verem ou ouvirem, com elas tb compartilhamos nossas primeiras aventuras, descobertas e lágrimas. Essas amizades não esperam de nós mais do q estejamos dispostos a dar, até mesmo pq nessa fase nos doamos por inteiro, não sabemos ainda esconder emoções , não nos limitamos seja em ações, palavras ou sentimentos, somos verdadeiros em tudo e acreditamos em todos.
Com o passar dos anos família e amigos vão passando a ter um papél menos formador e mais coadvante, porém não menos importante, a medida q passamos a querer experimentar o mundo com nossos próprios pés, é a fase do aprendizado, de por em prática e confrontar com o mundo todo aquele conhecimento q adquirimos ao longo dos anos. Cabe aqui à família ser o ponto de referência, aqueles q temos a certeza q nos amam como somos, q estarão sempre dispostos a nos escutar, ajudar com nossas dúvidas, alertar quanto aos nossos erros e incentivar e elogiar nossos acertos, mas nos dando liberdade mesmo q vigiada para aprender a cair e levantar.
Já as amizades passam sim por uma série de transformações. Começamos a perceber q existem vários tipos de amizades, algumas q se aproximam de nós apenas para partilhar os bons momentos sem se importar verdadeiramente conosco e outras q nem sempre estão ao nosso lado, mas q quando estão não o fazem só nos momentos alegres, começamos aí a aprender a diferenciar colegas de amigos, mas ainda cometemos muitos erros de julgamento nessa fase inicial.
Começamos então a cada dia a experimentar mais e mais o mundo, vamos reforçando nosso valores e adquirindo alguns novos e aprendemos a sonhar e buscar meios para realizar nossos sonhos. Nosso corpo tb passa por modificações constantes, nosso humor tb , passamos da infância para adolescência derrepente e nem sempre estamos preparados realmente para todas essas mudanças, isso dependendo do grau de maturidade de cada um. Novos sentimentos se apoderam de nós, é a fase da aceitação, queremos ser aceitos e admirados, fazer parte de um grupo, socializar e é tb nessa fase q surge nosso primeiro amor, quando descobrimos em nós uma necessidade de trocar carinho, de ter uma pessoa q nos diga algo e especial em nossas vidas. Mas ainda somos novatos e inexperientes em assuntos do coração, passamos do amor a indiferença com uma rapidez alucinante, temos reações de euforia intensa, lágrimas e desespero ao não sermos correspondidos, tudo parece profundo demais até mesmo pq ainda não temos controle sobre essas novas emoções.
Os anos passam e passamos cada vez mais a ser influenciados e a influenciar o meio em q vivemos, fazemos parte de uma sociedade e já temos consciencia clara disso, já somos adultos, com responsabilidades, deveres e direitos. Agora quem somos e o q seremos depende apenas de cada um de nós. Passamos a interagir com outras pessoas não só em relações famíliares, de amizade ou de amor e o diferencial nesse conviver se dá a medida de como tratamos essas pessoas, se somos capazes de respeitar o espaço e o trabalho do outro, se somos educados e tratamos bem essas pessoas com as quais não temos vínculos sentimentais ou se encaramos essas pessoas com indiferença como se estivessem cruzando nossas vidas como mero participantes coadvantes de nossa história de vida e por isso não merecessem maior atenção. É a hora H de por a prova nossos conceitos e delinear nossa conduta talvez pelo resto de nossas vidas. É quando escolhemos entre usar máscaras e de certa forma vivermos pela metade ou encarar de frente o q vier e tentar aprender com tudo e todos e dessa aprendizagem fazermos sempre um balanço de quem somos, o q buscamos e o quanto de nós doamos tb aos q nos cercam. Claro q cada um vai ter diferentes respostas a essas questões, até mesmo pq a vida não se apresenta igual a todos nós, passamos por problemas menores ou maiores e diferenciados em grau e valor para cada um, mas é o q fazemos com essas respostas o diferencial q irá tb nos reagrupar . Veremos nesse momento pessoas q sairam de nossas vidas voltarem a se aproximar e outras se afastarem assim do nada, cada um atrás de sua própria realização pessoal. E como a perpetuar um ciclo será a nossa vez de constituir nossa própria família.

sábado, 1 de setembro de 2007



Hj me parece um daqueles dias em q a gente acorda com vontade de dormir de novo. Os olhos lacrimejam, o nariz está vermelho q nem a hena do Papai Noel e não faço outra coisa a não ser espirrar desde q abri meus olhos. Em pensar q ontem eu estava toda animada pela chegada do fim de semana e agora to aqui sem fazer nada, inerte e uma figura engraçada de bermudão colorido, camiseta, casaco de capuz e meias nos pés, to parecendo uma ursinha havaianna pronta pra hibernar, mas cade o sono???
Passei a tarde de hj tentando me distrair de alguma maneira, escutei música, vi pedaços de um filme bobinho q minha mãe assistia na tv, ajeitei o aúdio do pc do meu filho q não sei como consegue fazer as coisas pararem de funcionar do nada ( ele tem esse "dom") e depois fiquei bisbilhotando no mercado livre se achava um jogo de mesas e cadeiras de ferro de varanda q alguém quisesse se desfazer por um bom preço. A única coisa entre essas atividades foi dar uma espiadinha básica no orkut pra ver as novidades e saber da Di. E agora aqui estou eu as 20 hs e 42 min em frente ao pc sem nada pra fazer,e o sono nem sombra dele, cedo demais eca. Queria poder voltar no tempo pro sábado passado com todos aqui, saudades da galera, seria tão bom se pelo menos uma vez por mês pudessemos repetir a dose desse Orkontro e estarmos todos juntos.
Bem enquanto meu filhote não chega vou ouvir um pouco de música e terminar um texto q comecei ontem sobre um amigo muito querido q tive o prazer de conhecer há dois anos atrás e q amo de paixão, uma daquelas pessoas raras q conhecemos e q fazem o mundo nos parecer cor de rosa e acreditar q tudo é possível sim se tivermos fé em nós mesmos.


Um dia conheci na net um anjo em forma humana, um doce anjo q estava triste e perdido e achava q tinha caido na Terra para purgar seus pecados. Esse anjo achava q nunca mais conseguiria amar, q seu coração se fechara a esse sentimento e q sua existência estava fadada à solidão. Na verdade o q esse anjo não percebia era q sua tristeza provocada por um amor desfeito é q fazia q tivesse esses pensamentos e q uma alma como a sua q irradiava tanta luz e beleza nunca seria solitária. Era um anjo q encantava com seu jeito doce de menino , sua alma pura e alegre e ao mesmo tempo com seu caráter e maturidade de um homem, mistura perfeita e bombástica q aos poucos foi minando as barreiras q construi ao meu redor seduzida pela sua risava cristalina, sua música q me enchia o coração de paz e suas palavras q me faziam flutuar dentro de mim mesma, eco de meus próprios pensamentos e por fim sentimentos.
E foi assim q esse anjo chegou de mansinho penetrando cada vez mais fundo no labirinto de meu coração, me desvendando aos poucos, me fazendo novamente me sentir viva e repleta de sonhos. Mesmo assim eu fugi, neguei-me o direito da escolha e neguei a ele o direito da certeza, velhos fantasmas se apoderaram de mim e o medo acabou sendo mais forte do q eu. Preferi negar sentimentos, preferi magoar, machucar, tentei afastar de mim a todo custo aquele anjo q caira do céu diretamente em cima de mim, eu não o merecia, não poderia dar certo nunca. Medo e culpa se misturando de tal forma q cega já não sabia mais aonde trilhava meu caminho, só queria correr e pra bem longe, mas ao mesmo tempo o vazio q sentia enquanto fugia alucinada só me fazia perceber q era uma fuga sem razão pq eu já estava presa ao anjo, me sentia responsável por ele, queria ter o poder de curar suas asas e assim voar com ele para longe e ser feliz.
Só q eu não estava pronta pra assumir esse risco, o anjo me delegara poderes demais , confiava em mim de tal forma q acabei me sentindo pressionada e acuada, o q para ele era sinônimo de demonstração de amor para mim significava dependência e ele não entendia isso pq sua vivência era diferente da minha, seu jeito de encarar relacionamentos e pessoas tb, eu aprendera a criar muralhas, armaduras q me protegiam contra a dor e desilusões, o anjo tinha a alma exposta, colocava a cara de frente, não tolhia seus pensamentos e emoções. Ele me lembrava demais a menina q eu fora um dia, me reconhecia em suas palavras, me reconhecia em seus ideais, me reconhecia em seus sonhos, era como se ele fosse eu num passado não tão distante e isso ao mesmo tempo q assustava tb me fascinava. E esse elo q nos unia era tão forte q por maior q fossem os obstáculos ele sempre persistia em não me deixar partir, e a cada tentativa q eu fazia uma dor enorme me corroia as entranhas, me rasgando por dentro e exterminando aos poucos o q ainda sobrara de meu discernimento sobre o certo e o errado, fantasia e realidade. Com esse anjo aprendi talvez mais do q ensinei, aprendi o valor da verdade e com ele tb reaprendi a voar, aprendi tb q a gente não escolhe a quem ama e q todo e qquer sentimento tem o seu valor e deve ser respeitado, aprendi tb q o medo só serve para a gente deixar de viver e é a desculpa perfeita para nos isolarmos dentro de nós mesmos e deixar de perceber aqueles q estão ao nosso redor.
Acho q posso afirmar com certeza q ele me ajudou e muito a ser hj a pessoa q sou, de ter me resgatado de dentro do casúlo no qual eu havia me escondido durante tantos anos e a ter a convicção q todas as pessoas q passam pela nossa vida tem sim um papel importante a desempenhar, alguns apenas pontas, participações especiais, e outros papéis fundamentais pq nos marcam de alguma forma, vivem em nós mesmo q a distância ou até mesmo a morte nos separe deles.
Não sei apenas o q eu pude ensinar ao anjo. Talvez o lado mais obscuro dessa história toda seja q eu tenha recebido mais do q doei. Talvez eu tenha ensinado a ele o q ele mesmo sem perceber me ensinou, o poder do perdão, o poder q ele tem de nos libertar e curar feridas, as nossas, ao nos perdoarmos, e a de quem perdoamos. Acho q foi assim q ele curou suas asas e pode novamente voar, livre, integro e irradiando paz, me deixando no coração a certeza de q ele estava novamente inteiro , apto a voar atrás de seus sonhos e construir sua felicidade, e q agora tb era a minha vez de voar, de segurar as rédeas de minha vida, lutar pelos meus sonhos, conquistas e tentar ser feliz.