domingo, 23 de setembro de 2007

CONSTRUINDO RELAÇÕES



Ontem conversando com uma pessoa especial, q estou conhecendo e aprendendo a admirar mais e mais a cada dia, o assunto relações humanas e seus relacionamentos nos mais diferentes níveis, desde a amizade,a paixão e o amor, me fez refletir sobre como essas relações se dão , a complexidade de alguns e a simplicidade de outros fazendo com certeza a diferença em todo o processo.
Desde q nascemos, ou pensando bem antes mesmo disso, começamos a nos relacionar com o meio q nos cerca e as pessoas q estão a nossa volta. No útero materno nosso relacionamento se resume a nossa mãe de quem recebemos todas as informações e é comprovado tb q sofremos com ela toda a carga emocional q ela tiver nesse período, é através dos olhos e dos sentimentos dela q nossos sentidos e sentimentos despertam para a vida. Depois nascemos e passamos a nos relacionar com os q nos cercam, a nossa família. O primeiro relacionamento real e base de todos os outros q serão construidos ao longo de nossa vida é com certeza a família.
A família é o porto seguro, o símbolo maior do amor, aqueles q te cercam de cuidados, de carinho, atenções e servem de exemplo para ajudar a vc a assimilar valores e construir sua confiança, lhe dando o suporte emocional para q vc possa desenvolver suas habilidades. Claro q não existem famílias perfeitas e vc tb aprende cedo q perfeição é algo q não existe, mas aprende tb a valorizar o q cada um tem de melhor , a respeitar as diferenças e a perdoar as falhas, afinal vc tb não é perfeito.
Nessa fase tb surgem as primeiras amizades, amizades puras, q não têm problemas, não se baseiam em preocupações, é a fase do brincar e experimentar a vida. E são essas amizades nossas companheiras nessa nova etapa, com elas aprendemos o prazer de compartilhar uma gargalhada sem vergonha dos outros verem ou ouvirem, com elas tb compartilhamos nossas primeiras aventuras, descobertas e lágrimas. Essas amizades não esperam de nós mais do q estejamos dispostos a dar, até mesmo pq nessa fase nos doamos por inteiro, não sabemos ainda esconder emoções , não nos limitamos seja em ações, palavras ou sentimentos, somos verdadeiros em tudo e acreditamos em todos.
Com o passar dos anos família e amigos vão passando a ter um papél menos formador e mais coadvante, porém não menos importante, a medida q passamos a querer experimentar o mundo com nossos próprios pés, é a fase do aprendizado, de por em prática e confrontar com o mundo todo aquele conhecimento q adquirimos ao longo dos anos. Cabe aqui à família ser o ponto de referência, aqueles q temos a certeza q nos amam como somos, q estarão sempre dispostos a nos escutar, ajudar com nossas dúvidas, alertar quanto aos nossos erros e incentivar e elogiar nossos acertos, mas nos dando liberdade mesmo q vigiada para aprender a cair e levantar.
Já as amizades passam sim por uma série de transformações. Começamos a perceber q existem vários tipos de amizades, algumas q se aproximam de nós apenas para partilhar os bons momentos sem se importar verdadeiramente conosco e outras q nem sempre estão ao nosso lado, mas q quando estão não o fazem só nos momentos alegres, começamos aí a aprender a diferenciar colegas de amigos, mas ainda cometemos muitos erros de julgamento nessa fase inicial.
Começamos então a cada dia a experimentar mais e mais o mundo, vamos reforçando nosso valores e adquirindo alguns novos e aprendemos a sonhar e buscar meios para realizar nossos sonhos. Nosso corpo tb passa por modificações constantes, nosso humor tb , passamos da infância para adolescência derrepente e nem sempre estamos preparados realmente para todas essas mudanças, isso dependendo do grau de maturidade de cada um. Novos sentimentos se apoderam de nós, é a fase da aceitação, queremos ser aceitos e admirados, fazer parte de um grupo, socializar e é tb nessa fase q surge nosso primeiro amor, quando descobrimos em nós uma necessidade de trocar carinho, de ter uma pessoa q nos diga algo e especial em nossas vidas. Mas ainda somos novatos e inexperientes em assuntos do coração, passamos do amor a indiferença com uma rapidez alucinante, temos reações de euforia intensa, lágrimas e desespero ao não sermos correspondidos, tudo parece profundo demais até mesmo pq ainda não temos controle sobre essas novas emoções.
Os anos passam e passamos cada vez mais a ser influenciados e a influenciar o meio em q vivemos, fazemos parte de uma sociedade e já temos consciencia clara disso, já somos adultos, com responsabilidades, deveres e direitos. Agora quem somos e o q seremos depende apenas de cada um de nós. Passamos a interagir com outras pessoas não só em relações famíliares, de amizade ou de amor e o diferencial nesse conviver se dá a medida de como tratamos essas pessoas, se somos capazes de respeitar o espaço e o trabalho do outro, se somos educados e tratamos bem essas pessoas com as quais não temos vínculos sentimentais ou se encaramos essas pessoas com indiferença como se estivessem cruzando nossas vidas como mero participantes coadvantes de nossa história de vida e por isso não merecessem maior atenção. É a hora H de por a prova nossos conceitos e delinear nossa conduta talvez pelo resto de nossas vidas. É quando escolhemos entre usar máscaras e de certa forma vivermos pela metade ou encarar de frente o q vier e tentar aprender com tudo e todos e dessa aprendizagem fazermos sempre um balanço de quem somos, o q buscamos e o quanto de nós doamos tb aos q nos cercam. Claro q cada um vai ter diferentes respostas a essas questões, até mesmo pq a vida não se apresenta igual a todos nós, passamos por problemas menores ou maiores e diferenciados em grau e valor para cada um, mas é o q fazemos com essas respostas o diferencial q irá tb nos reagrupar . Veremos nesse momento pessoas q sairam de nossas vidas voltarem a se aproximar e outras se afastarem assim do nada, cada um atrás de sua própria realização pessoal. E como a perpetuar um ciclo será a nossa vez de constituir nossa própria família.